Especialista do Ipasgo alerta para o crescimento do diabetes
Ainda de acordo com a médica existem 2 tipos de complicações: as microvasculares, que comprometem pequenos vasos na retina, rins e nervos, por exemplo. Essas causam perda da visão, dores neuropáticas, que incomodam sobremaneira, feridas nos membros que podem evoluir para a amputação e o comprometimento dos rins, levando à hemodiálise. Já as macrovasculares são as que provocam maior mortalidade, como os infartos e AVCs.
Ela esclareceu que o que tem provocado o aumento de casos é o estilo de vida atual, sendo que o sedentarismo e a alimentação inadequada, com a ingestão de carboidratos, açúcar e alimentos industrializados em demasia são os principais vilões. Renata Santiago ensina que como o diabetes não tem cura, apenas controle, o melhor a se fazer é prevenir o mal. "Evitar o consumo desses alimentos, aumentar a ingestão de frutas e verduras e fazer exercício físico. Essa é a receita", diz ela.
A endocrinologista indica ainda como parte da prevenção, a realização periódica do exame de glicemia de jejum para detecção precoce da doença, já que o diabetes não tem sintomas. Para pessoas com histórico da doença na família ou que está com sobrepeso, o exame deve ser feito uma vez ao ano, independente da idade. Já depois dos 40 anos todas as pessoas devem passar pela glicemia de jejum.
Uma vez detectada a doença, o tratamento deve ser iniciado imediatamente e para ser eficaz tem que se apoiar no tripé: dieta saudável, exercícios físicos e medicação. A médica lembra que esses cuidados são apenas para controlar a doença, que ainda não tem cura. "Se não for tratado, o diabetes fatalmente terá complicações, que reiteramos, podem levar ao óbito".
Outros tipos – Tudo que foi dito até agora se refere ao diabetes Tipo 2, o mais comum entre a população adulta. Mas existem ainda outros dois tipos da doença que também ocorrem muito, que é o diabetes Tipo 1 e o diabetes gestacional. No primeiro caso a doença está relacionada à destruição do pâncreas, que deixa de produzir insulina. Ela atinge mais crianças e adolescentes e o tratamento é feito com a reposição de insulina. Já o diabetes gestacional acomete mulheres grávidas e deve ser tratado com muito rigor, pois oferece riscos para a mãe, aumentando o risco de eclâmpsia e de parto prematuro e para o bebê, pois pode causar má formação e aumenta a chance de morte intrauterina.
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